Convulsao da imagem
Dispersante
intenção
Ainda ontem estive
aqui
Ele também estava
aqui
Ainda aqui o vejo
nesse espaco vazio
A vestir capote
marrom
Eis aqui o homem
loiro - Seus olhos são azuis
Dessa longa nostalgia
branca de vitrines frias
Peregrino andarilho
Um pingo de ave resvala
à sua lapela
E na convulsão da imagem
Ve-se a trágica nudez da
ilusão
A esculpir a humana tragédia
E um pedido de socorro
Ondula a face desse frio espelho
Fragmenta a realidade desse reflexo
Atravesso calçada mais
próxima
E contorno a esquina
Daquele seu longo olhar
distante
– Doloroso diálogo.
(Amalia Grimaldi)
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